Até qualquer dia!
Eu volto
Vou buscar inspiração
Prometo que volto
Renovada, leve...
Sem grilos!
Calma, não desespere!
Vou ali...
No alto da montanha
Pisar na grama
Dormir na rede
Vou de bicicleta
De asa-delta
Talvez andando
Eu sempre volto
Mas se acaso não voltar...
Não vá se perder por aí!
terça-feira, 22 de dezembro de 2009
quinta-feira, 10 de dezembro de 2009
O guri pula o muro do vizinho
pra pegar sua bola de meia
Solta papagaio e briga valente
duelando no céu azulzinho
Sobe em árvore
Come fruta do pé
Bate figurinha
e joga bola melhor que o Pelé
Peito aberto, pés descalços, corre livre...
Dança funk, samba
e joga capoeira
Segunda ou sexta-feira
Sorriso banguelo
tem a ginga de um bom brasileiro
Como é feliz esse menino magrelo!
pra pegar sua bola de meia
Solta papagaio e briga valente
duelando no céu azulzinho
Sobe em árvore
Come fruta do pé
Bate figurinha
e joga bola melhor que o Pelé
Peito aberto, pés descalços, corre livre...
Dança funk, samba
e joga capoeira
Segunda ou sexta-feira
Sorriso banguelo
tem a ginga de um bom brasileiro
Como é feliz esse menino magrelo!
sexta-feira, 4 de dezembro de 2009
4:20
é noite, cidade dorme
avisto uma casinha de madeira na encosta
pintada de azul celeste
ouço as ondas batendo nas pedras
e um forró dengoso
de dançar coladinho
sinto cheiro de maresia
e o vento traz bons fluidos
vestidinho solto, florido
debaixo de um céu estrelado
pés descalços
no plano de fundo
um farol que nunca se apaga
sobrenatural
avisto uma casinha de madeira na encosta
pintada de azul celeste
ouço as ondas batendo nas pedras
e um forró dengoso
de dançar coladinho
sinto cheiro de maresia
e o vento traz bons fluidos
vestidinho solto, florido
debaixo de um céu estrelado
pés descalços
no plano de fundo
um farol que nunca se apaga
sobrenatural
quinta-feira, 3 de dezembro de 2009
Quando foi que eu deixei de reparar nos tatus bolinha?
Há coisas que se perdem por aí e quando nos damos conta, passaram-se anos! É assim mesmo, né?
Hoje tanta coisa passa batido pela gente, o tempo voa e eu não vi nenhum tatu bola esse ano, talvez essa década!
Ei tatuzinhos de jardim, estou com saudades, espero vê-los novamente em breve! Vocês também sentiram minha falta?
quarta-feira, 2 de dezembro de 2009
Romeu e Julieta dos tempos modernos
"Microconto #164
Pra ele não existia esse negócio romântico de Romeu e Julieta.
Deu a ela todo o veneno e foi curtir a vida de solteiro."
www.tfmoralles.blogspot.com
...e curtiu bastante, por algum tempo.
Mas chegou o dia que ele provou do próprio veneno!
E hoje, quem curte a vida por aí é Julieta, mais venenosa do que nunca.
Ai Romeu, triste fim.
Moral da história: Veneno, se não é na dose certa, vira soro!
Pra ele não existia esse negócio romântico de Romeu e Julieta.
Deu a ela todo o veneno e foi curtir a vida de solteiro."
www.tfmoralles.blogspot.com
...e curtiu bastante, por algum tempo.
Mas chegou o dia que ele provou do próprio veneno!
E hoje, quem curte a vida por aí é Julieta, mais venenosa do que nunca.
Ai Romeu, triste fim.
Moral da história: Veneno, se não é na dose certa, vira soro!
sexta-feira, 27 de novembro de 2009
Aroma de flauta doce
Sabor de bandolim
Som de água pingando na pia
Passarelas imaginárias
Alguns livros emprestados
Bem-te-vi cantando minha chegada
Uma estante de sonhos
Entre risos e abraços
Flores amarelas caídas na calçada
Na mochila trago comigo:
Sorte, rotas
poesia...
Posso ir?
Claro que pode.
Mas tem que se comportar!
Sabor de bandolim
Som de água pingando na pia
Passarelas imaginárias
Alguns livros emprestados
Bem-te-vi cantando minha chegada
Uma estante de sonhos
Entre risos e abraços
Flores amarelas caídas na calçada
Na mochila trago comigo:
Sorte, rotas
poesia...
Posso ir?
Claro que pode.
Mas tem que se comportar!
terça-feira, 24 de novembro de 2009
O suicida
Não podia suportar.
Aquilo era demais para ele.
Pensou em por fim à própria vida.
Chegou em casa, fez uma vitamina de manga com leite,
e bebeu sem hesitar.
Aquilo era demais para ele.
Pensou em por fim à própria vida.
Chegou em casa, fez uma vitamina de manga com leite,
e bebeu sem hesitar.
quarta-feira, 18 de novembro de 2009
Em um dia quente...
Da varanda de casa vejo uma horta cheia de verduras fresquinhas, um campinho de futebol, algumas árvores pra subir, jabuticaba pretinha no pé. Nice estica as roupas no varal enquanto brincamos com a mangueira em um dia quente, corremos descalços na grama verde e nossos pés estão só a lama!
Sinto cheiro de bolo saído do forno, ouço vovô tocando gaita e vovó chamando pro lanche:
- Tem bolo quentinho pra quem lavar os pés antes de entrar em casa!!!
Na pressa, escorrego no piso molhado e ralo o joelho, choro de dor. Ganho colo, beijinhos, merthiolate e sorrio por achar graça na vida!
Sinto cheiro de bolo saído do forno, ouço vovô tocando gaita e vovó chamando pro lanche:
- Tem bolo quentinho pra quem lavar os pés antes de entrar em casa!!!
Na pressa, escorrego no piso molhado e ralo o joelho, choro de dor. Ganho colo, beijinhos, merthiolate e sorrio por achar graça na vida!
terça-feira, 17 de novembro de 2009
segunda-feira, 9 de novembro de 2009
A dor de um parto do filho que eu ainda não tive
A saudade de coisas que eu ainda não vivi
Planos adiados, escolhas insensatas, impulsos primitivos
O medo da rotina de dias tão iguais
As amizades que um dia eu deixei de cultivar
O abraço que não veio quando eu mais precisava
As verdades que mudaram de rumo
A descoberta do que é meu, por direito
As vontades de ser, de abraçar o mundo
O jeito de menina e a força que achei que não tivesse
É fruta madura na beira da estrada, vou lá pegar!
A saudade de coisas que eu ainda não vivi
Planos adiados, escolhas insensatas, impulsos primitivos
O medo da rotina de dias tão iguais
As amizades que um dia eu deixei de cultivar
O abraço que não veio quando eu mais precisava
As verdades que mudaram de rumo
A descoberta do que é meu, por direito
As vontades de ser, de abraçar o mundo
O jeito de menina e a força que achei que não tivesse
É fruta madura na beira da estrada, vou lá pegar!
quinta-feira, 5 de novembro de 2009
Encosta teu umbigo no meu, sim?
Sussura alguma sacanagem em meu ouvido.
Segura firme no meu cabelo, isso assim!
Desliza seus dedos nas minhas costas? Bem de leve...
Me diz que eu sou única, que eu deixo todas aquelas no chinelo
Me pega pela cintura e me conta o que você pretende fazer comigo
Diz que morre de tesão em mim, mas não esquece de dizer que me ama
Que meu gosto é bom, minha pele macia e minha boca deliciosa
Faz com que eu me sinta linda, diz que meu cheiro é inconfundível
Que eu te deixo maluco e que você não vive sem mim
E continue sempre assim, sincero e espontâneo...
Sussura alguma sacanagem em meu ouvido.
Segura firme no meu cabelo, isso assim!
Desliza seus dedos nas minhas costas? Bem de leve...
Me diz que eu sou única, que eu deixo todas aquelas no chinelo
Me pega pela cintura e me conta o que você pretende fazer comigo
Diz que morre de tesão em mim, mas não esquece de dizer que me ama
Que meu gosto é bom, minha pele macia e minha boca deliciosa
Faz com que eu me sinta linda, diz que meu cheiro é inconfundível
Que eu te deixo maluco e que você não vive sem mim
E continue sempre assim, sincero e espontâneo...
terça-feira, 3 de novembro de 2009
sexta-feira, 23 de outubro de 2009
Lápis de cor
Vovô fazia desenhos pra gente colorir, desenhava trenzinhos, montanhas, casinhas, passarinhos, contava histórias incríveis também. Aliás as histórias eram bem melhores que os desenhos, só que agora isso não importa, porque o que eu vou contar pra vocês é um episódio de quando ele tava desenhando e a gente pintando, aí meu irmão pediu pra ele pegar o lápis amarelo. Ufa, amarelo é a única cor que ele sabe. Depois pediu para pegar o lápis marrom, minha vó fez assim com a cabeça, como quem aponta qual é o lápis da cor pedida. Chegou a hora do lápis verde, ih piorou! Vovô coçou a cabeça e entregou indeciso o lápis errado.
Meu avô tem uma biblioteca gigante na casa dele, deve ter pra lá de quinze mil exemplares. Isso significa que se ele com oitenta e quatro anos leu tudo isso, pensando que ele começou a ler com seis anos, numa média de cento e noventa e dois livros por ano, que dá pouco mais de dezesseis livros por mês, sendo que quando ele era criança não deveria ler tanto quanto hoje e eu vejo ele lendo mais de um livro por dia, quatro, cinco livros ao mesmo tempo, algo impressionante, que eu diria que o veinho sabe tudo. Vovô é professor, doutor, emérito, poeta, jornalista entre outras coisas, mas se tem uma coisa que ele não entende nada, é cor. É daltônico. E foi nesse dia que o meu irmão no alto da sua esperteza percebendo isso exclamou: Poxa vô, o que adianta estudar tanto se nem cor você sabe?
* Vovô e mima na foto de Gabriel - meu irmão.
terça-feira, 20 de outubro de 2009
E por se sentir esquisita, inadequada, sem espaço, distante daqueles que amava, num país sem lembranças como uma folha em branco, podia começar de novo outra história, ser quem sempre sonhou, mas percebeu que gostava de ser quem era, com todas as cicatrizes que tinha e suas memórias, estupidez era querer voltar.
domingo, 18 de outubro de 2009
Não sou mais aquela menina, que um dia te amou.
Não, você também não é mais o mesmo. Sei disso.
Chega o dia, e aí que tá a graça, o dia que olhamos pra trás e não nos reconhecemos naquelas atitudes, aquele jeito explosivo, ciumento, infantil. Não, hoje eu sou tão mais leve e serena.
Houve um dia que meus berros se calaram e eu parei de me descabelar por coisa pouca.
É, o que passou ensina. O tempo é valioso e cada segundo somado de experiências vale um enorme sorriso adiante. As lembranças também vão ficando cada vez mais distantes, mais gastas, tudo que doía hoje sequer lateja, aquela ferida aberta a tempos fechou e as cicatrizes ficaram, para que eu me lembre sempre da mulher que me tornei e que me surpreende a cada dia.
Continuo indo ao samba, gostando dos mesmos lugares, perto das mesmas pessoas, ainda gosto de viajar, gosto do mar e de ver as estrelas, a mudança que eu to falando, é por dentro e só eu sei. Estou mais segura, menos impulsiva, mais equilibrada. E sinto orgulho por tudo isso.
De longe, o que parecia felicidade, chego a pensar que nem existiu. Aquelas tantas fotografias, parecem alguma história que me contaram, um filme que eu já vi mas esqueci como termina. É triste viver e esquecer. Mas é preciso reciclar-se, continuar amando, continuar vivendo e celebrando o dia de hoje. Para quem sabe amanhã, começar tudo de novo. Para sempre, agora.
Não, você também não é mais o mesmo. Sei disso.
Chega o dia, e aí que tá a graça, o dia que olhamos pra trás e não nos reconhecemos naquelas atitudes, aquele jeito explosivo, ciumento, infantil. Não, hoje eu sou tão mais leve e serena.
Houve um dia que meus berros se calaram e eu parei de me descabelar por coisa pouca.
É, o que passou ensina. O tempo é valioso e cada segundo somado de experiências vale um enorme sorriso adiante. As lembranças também vão ficando cada vez mais distantes, mais gastas, tudo que doía hoje sequer lateja, aquela ferida aberta a tempos fechou e as cicatrizes ficaram, para que eu me lembre sempre da mulher que me tornei e que me surpreende a cada dia.
Continuo indo ao samba, gostando dos mesmos lugares, perto das mesmas pessoas, ainda gosto de viajar, gosto do mar e de ver as estrelas, a mudança que eu to falando, é por dentro e só eu sei. Estou mais segura, menos impulsiva, mais equilibrada. E sinto orgulho por tudo isso.
De longe, o que parecia felicidade, chego a pensar que nem existiu. Aquelas tantas fotografias, parecem alguma história que me contaram, um filme que eu já vi mas esqueci como termina. É triste viver e esquecer. Mas é preciso reciclar-se, continuar amando, continuar vivendo e celebrando o dia de hoje. Para quem sabe amanhã, começar tudo de novo. Para sempre, agora.
quinta-feira, 15 de outubro de 2009
Além
Soubesse escrever, faria poesias
Soubesse cantar, entoaria uma cantiga
Fosse dançar, ciranda seria
No lirismo dos teus versos, arranquei bruta flor
Sou pássaro liberto, tateando estrelas
E há quem insista em catar as migalhas do chão
Por prudência ou medo de voar
Desse mal eu não morro, meu bem
Construo um foguete
Embrulho você pra presente
Te tiro pra dançar
E te mostro além
Soubesse cantar, entoaria uma cantiga
Fosse dançar, ciranda seria
No lirismo dos teus versos, arranquei bruta flor
Sou pássaro liberto, tateando estrelas
E há quem insista em catar as migalhas do chão
Por prudência ou medo de voar
Desse mal eu não morro, meu bem
Construo um foguete
Embrulho você pra presente
Te tiro pra dançar
E te mostro além
terça-feira, 13 de outubro de 2009
Logo cedo
Eu me mostro pra você
Te conto planos e sonhos
Abro janelas e portas
Te deixo entrar sem bater
Tira essa redoma de vidro
Esse seu ar de importante
Não se engane, menino
Deixe de ser petulante
Sem rumo, não faço sentido
Arisca, me assumo, sou bicho
Mil e uma noites, não bastariam
Para desvendar esse enredo
Te conto meus desejos mais íntimos
Meus deslizes e andanças
Minhas tantas mudanças
E continuo encantada...
Logo cedo, pé na estrada!
Te conto planos e sonhos
Abro janelas e portas
Te deixo entrar sem bater
Tira essa redoma de vidro
Esse seu ar de importante
Não se engane, menino
Deixe de ser petulante
Sem rumo, não faço sentido
Arisca, me assumo, sou bicho
Mil e uma noites, não bastariam
Para desvendar esse enredo
Te conto meus desejos mais íntimos
Meus deslizes e andanças
Minhas tantas mudanças
E continuo encantada...
Logo cedo, pé na estrada!
terça-feira, 6 de outubro de 2009
Só por hoje
Pular da cama cedinho, varrer a casa ouvindo Gal, arrumar o quarto dançando, abraçar o síndico, cantar bem alto, escrever um bilhete, beijo estalinho, decidir quem lava a louça no cara ou coroa, contrariar o ritmo das coisas, só um pouquinho.
Ver um fusca azul e te encher de porrada, apertar a campainha e sair correndo, espiar sua janela, comer gergelim da toalha da mesa, misturar com a colher que eu já lambi, segurar o elevador com o tapete, passar trote, rir até doer a barriga, fazer pequenas contravenções que nunca serão confessadas e por fim dormir em paz, sorrindo...
Ver um fusca azul e te encher de porrada, apertar a campainha e sair correndo, espiar sua janela, comer gergelim da toalha da mesa, misturar com a colher que eu já lambi, segurar o elevador com o tapete, passar trote, rir até doer a barriga, fazer pequenas contravenções que nunca serão confessadas e por fim dormir em paz, sorrindo...
quinta-feira, 1 de outubro de 2009
Em um reino muito distante, havia um belo príncipe a procura de sua princesa, mas ele chegara a conclusão de que não se fazem mais princesas como as de antigamente. Elas estão cada vez mais independentes e cheias de auto-estima, pensava. Foi-se o tempo em que elas eram sensíveis, delicadas e submissas. Hoje elas fazem sexo casual, bebem, fumam, torcem no futebol, discutem política e pagam a conta.
Em quanto isso em um reino vizinho, uma linda princesa, delicada e sensível pensava o quão azarada era por não conseguir encontrar o príncipe dos seus sonhos, um rapaz bonito, que a levasse para morar em um castelo incrível, pagasse sua academia, sua manicure, cabelereiro, massagem, lhe desse jóias, presentes e trocasse sua carruagem todo ano. Não sabia o que havia de errado com ela.
Mas a noite prometia, se encontraram no jóquei, trocaram olhares, ela apostando no cavalo branco dele e ele maravilhado com a notável beleza dela. Porém, bastaram cinco minutos para que a princesa notásse o quão pão duro o príncipe era: - Imagina, ele não quis pagar um drink para mim. - reclamou para sua dama de companhia. E o nosso querido príncipe saiu decepcionado por perceber que a linda princesa não passava de uma menininha fútil, sem nada na cabeça além da coroa.
Voltaram ambos para o castelo lamentando a má sorte. Tadinhos.
Em quanto isso em um reino vizinho, uma linda princesa, delicada e sensível pensava o quão azarada era por não conseguir encontrar o príncipe dos seus sonhos, um rapaz bonito, que a levasse para morar em um castelo incrível, pagasse sua academia, sua manicure, cabelereiro, massagem, lhe desse jóias, presentes e trocasse sua carruagem todo ano. Não sabia o que havia de errado com ela.
Mas a noite prometia, se encontraram no jóquei, trocaram olhares, ela apostando no cavalo branco dele e ele maravilhado com a notável beleza dela. Porém, bastaram cinco minutos para que a princesa notásse o quão pão duro o príncipe era: - Imagina, ele não quis pagar um drink para mim. - reclamou para sua dama de companhia. E o nosso querido príncipe saiu decepcionado por perceber que a linda princesa não passava de uma menininha fútil, sem nada na cabeça além da coroa.
Voltaram ambos para o castelo lamentando a má sorte. Tadinhos.
segunda-feira, 28 de setembro de 2009
Janelas que riem
Na minha janela,
Passarim a me acordar
cantando!
Na minha janela,
Um mocim a espiar
sorrindo!
Na minha janela,
Um ventim vem soprar
brisa de quimera
Um girassol a se banhar
de Sol, sonho
e primavera!
Só rindo...
Passarim a me acordar
cantando!
Na minha janela,
Um mocim a espiar
sorrindo!
Na minha janela,
Um ventim vem soprar
brisa de quimera
Um girassol a se banhar
de Sol, sonho
e primavera!
Só rindo...
quinta-feira, 24 de setembro de 2009
A grande parceria
Seu colo, meu porto mais seguro
Meu delírio, minha rota de fuga
Os olhos que brilham para mim
A sorte de um amor tranquilo
O grande encontro, a parceria esperada
O convivio e o entendimento
O ensino e a aprendizagem
O ciúme e a serenidade
Sou mar revolto, ele calmaria
Minha inquietude, entenderia
Ele razão, eu fantasia
Eu tão prosa, ele poesia
Sou letra, ele melodia
Eu sou noite, ele é dia
"A me perguntar:
Eu sou neguinha?"
terça-feira, 22 de setembro de 2009
Aos meus,
Dos motivos que me levam a gostar dos que eu gosto:
Gosto das pessoas pelas sensações que em mim provocam, o que me faz lembrar de alguém pode ser um som, um cheiro, um olhar...Se você é meu amigo, basta saber sentir.
Aquela pessoa doce, que tem um sorriso doce, uma voz serena e um perfume de flor, o colo mais gostoso do mundo inteirinho. Aquela que me entende só de olhar, me dá bronca e está sempre presente. Outra que tem cheiro de um creme para pentear delicioso e uma sede de vida, quer ser mãe, tem sonhos e luta por eles. Tem uma que é toda delicada, já é mamãe e eu morro de saudades do tempo que trocávamos cartas. Ele, tem olhos que brilham para mim, prestando atenção em tudo que eu falo e faço. Gosto da timidez de um amigo, gosto tanto que faço torta de limão pra ele, da gargalhada sem fim de uma amiga, do jeito de andar saltitante de outra. Tem uma amiga que fala pau-sa-da-men-te e me faz chorar de rir. Tem aquela que samba comigo, me dá conselhos como uma irmã mais velha, faz lasanha e tá sempre em casa, ela namora um outro que é meu irmão também, tá sempre junto, escreve poesias e as declama como ninguém. Tem uma doida que toma banho de sal grosso, arruda, acende incensos, lê tarô e é amiga de longa data. Também tem aquela que eu conheci no ônibus, amiga de samba do morto, cidade maravilhosa, jantarzinhos animados, confissões e encrencas. Tem amiga de rolezinho no Ibira, de feirinha da Benedito, de Solzinho na Paulista, de almocinho de domingo. Tem uma mulherada que sempre tenta marcar um HH e quando consegue o assunto é: homem. (inevitavelmente) Gosto também, dos gestos que demonstram preocupação, quando ela me liga pra saber se ta tudo bem e como acabou a minha última novela mexicana, a carona preocupada que ele me dá, as roupas coloridas que ela usa, o jeito prolixo que ele conta uma história, aquele que vai ser padrinho do meu filho, e a que eu vou ser madrinha do filho dela, o que liga sempre pra saber "qual é a boa", aquela que não liga nunca e morre de preguiça de sair durante a semana, a que sempre muda o corte de cabelo, uns caretas e outros nem tanto. São arquitetos do meu Brasil, músicos talentozíssimos, cineastas quebrando tudo, bobos por profissão, escritores por hobby, capoeiristas alto astral, grafiteiros urbanos, grandes poetas, gente querida por demais, alguns ainda querem mudar o mundo (e vão), alguns eu admiro de longe, basta saber que estão bem... Sinto falta daqueles que não estão (mais) sempre presentes, mas que um dia tiveram e quando nos encontramos relembramos das inúmeras histórias de verões bem passados, do sítio, do colégio, dos professores. Tem aqueles que eu não consigo ficar perto sem morrer de rir, tem aquela que nunca mais tomou banho de chuva comigo, mas que sempre fará parte.
Tantos que eu amo, por diferentes motivos, alguns nunca lerão isso. Mas fica aqui meu carinho.
Gosto das pessoas pelas sensações que em mim provocam, o que me faz lembrar de alguém pode ser um som, um cheiro, um olhar...Se você é meu amigo, basta saber sentir.
Aquela pessoa doce, que tem um sorriso doce, uma voz serena e um perfume de flor, o colo mais gostoso do mundo inteirinho. Aquela que me entende só de olhar, me dá bronca e está sempre presente. Outra que tem cheiro de um creme para pentear delicioso e uma sede de vida, quer ser mãe, tem sonhos e luta por eles. Tem uma que é toda delicada, já é mamãe e eu morro de saudades do tempo que trocávamos cartas. Ele, tem olhos que brilham para mim, prestando atenção em tudo que eu falo e faço. Gosto da timidez de um amigo, gosto tanto que faço torta de limão pra ele, da gargalhada sem fim de uma amiga, do jeito de andar saltitante de outra. Tem uma amiga que fala pau-sa-da-men-te e me faz chorar de rir. Tem aquela que samba comigo, me dá conselhos como uma irmã mais velha, faz lasanha e tá sempre em casa, ela namora um outro que é meu irmão também, tá sempre junto, escreve poesias e as declama como ninguém. Tem uma doida que toma banho de sal grosso, arruda, acende incensos, lê tarô e é amiga de longa data. Também tem aquela que eu conheci no ônibus, amiga de samba do morto, cidade maravilhosa, jantarzinhos animados, confissões e encrencas. Tem amiga de rolezinho no Ibira, de feirinha da Benedito, de Solzinho na Paulista, de almocinho de domingo. Tem uma mulherada que sempre tenta marcar um HH e quando consegue o assunto é: homem. (inevitavelmente) Gosto também, dos gestos que demonstram preocupação, quando ela me liga pra saber se ta tudo bem e como acabou a minha última novela mexicana, a carona preocupada que ele me dá, as roupas coloridas que ela usa, o jeito prolixo que ele conta uma história, aquele que vai ser padrinho do meu filho, e a que eu vou ser madrinha do filho dela, o que liga sempre pra saber "qual é a boa", aquela que não liga nunca e morre de preguiça de sair durante a semana, a que sempre muda o corte de cabelo, uns caretas e outros nem tanto. São arquitetos do meu Brasil, músicos talentozíssimos, cineastas quebrando tudo, bobos por profissão, escritores por hobby, capoeiristas alto astral, grafiteiros urbanos, grandes poetas, gente querida por demais, alguns ainda querem mudar o mundo (e vão), alguns eu admiro de longe, basta saber que estão bem... Sinto falta daqueles que não estão (mais) sempre presentes, mas que um dia tiveram e quando nos encontramos relembramos das inúmeras histórias de verões bem passados, do sítio, do colégio, dos professores. Tem aqueles que eu não consigo ficar perto sem morrer de rir, tem aquela que nunca mais tomou banho de chuva comigo, mas que sempre fará parte.
Tantos que eu amo, por diferentes motivos, alguns nunca lerão isso. Mas fica aqui meu carinho.
quinta-feira, 10 de setembro de 2009
Senhora do tempo
É ela quem cuida do tempo
Dona de cada segundo
Sabe a hora de dizer
e a hora de calar
Tece a teia das horas
Com preciosos minutos
Sem qualquer desperdício
e quem ousa desafiar?
É ela quem sabe a hora certa
Da justa pausa, de correr atrás
Como se dançasse uma valsa lenta
Põe e tira areia da ampulheta
Borda os anos em meses
Os meses em semanas
As semanas em dias
e assim costura sua vida
Dona do calendário
ela é quem decide
se hoje é feriado
" -Tá decretado carnaval!"
Ela congela sorrisos
Ganha tempo pro abraço
Toma banho demorado
Tira férias prolongadas
Em camêra lenta
Vive seus momentos felizes
Suspira, sente, ama, beija, goza, dança...
Gosta muito de ficar junto de quem ama
Às vezes, faz o contrário
dispara o relógio pra te apressar!
E se o momento é ruim
Põe logo um fim.
quarta-feira, 9 de setembro de 2009
Desaconselho
Todo mundo acha alguma coisa
Todo mundo tem uma teoria
Também o primo de um amigo meu
É como vovó diria...
A propósito, ouvi falar:
"Cada um sabe de si!"
Cada um tem sua vida pra cuidar
Acho que agora entendi
Igual injeção na testa
Eu não quero nem de graça
Fique com seu conselho
E me traga uma cachaça
Todo mundo tem uma teoria
Também o primo de um amigo meu
É como vovó diria...
A propósito, ouvi falar:
"Cada um sabe de si!"
Cada um tem sua vida pra cuidar
Acho que agora entendi
Igual injeção na testa
Eu não quero nem de graça
Fique com seu conselho
E me traga uma cachaça
terça-feira, 8 de setembro de 2009
Ai ai...
Quis escrever poema
Deixar a casa florida
Ouvir boas músicas
Descobrir novos lugares
Conhecer gente zen
Jogar conversa fora
Discutir como adulto
Brincar como criança
Tomar banho de chuva
Voar de asa delta
Caminhar sozinha
Te encontrar por aí
Se estiveres distraído, ai
Fazer teu prato preferido
Bagunçar a tua vida
Entrar nela sem pedir
Para que assim,
Caias de amor
Doidinho só por mim.
Deixar a casa florida
Ouvir boas músicas
Descobrir novos lugares
Conhecer gente zen
Jogar conversa fora
Discutir como adulto
Brincar como criança
Tomar banho de chuva
Voar de asa delta
Caminhar sozinha
Te encontrar por aí
Se estiveres distraído, ai
Fazer teu prato preferido
Bagunçar a tua vida
Entrar nela sem pedir
Para que assim,
Caias de amor
Doidinho só por mim.
terça-feira, 1 de setembro de 2009
Correnteza
Meus olhos mansas águas
Hoje, brava cachoeira
Rio de forte correnteza
Mar revolto
Minhas mãos terra firme
Hoje, trêmulas
Suadas
Inseguras
O sorriso largo
ganhou gosto amargo
E o que era doce,
salgou o beijo.
Hoje, brava cachoeira
Rio de forte correnteza
Mar revolto
Minhas mãos terra firme
Hoje, trêmulas
Suadas
Inseguras
O sorriso largo
ganhou gosto amargo
E o que era doce,
salgou o beijo.
quarta-feira, 26 de agosto de 2009
Pitanga lembra infância que lembra interior,
que lembra casa da vó que lembra histórias do vô,
que lembra festa no céu,
que lembra aquele sapo que tinha a boca "pequenininha",
que lembra a tartaruga que caia e quebrava o casco,
que lembra a raposa e o lobo que só se davam mal,
que lembra risadas e passeios na roça-própria,
que lembra pescar lambari que lembra cheiro de mato,
que lembra rede que lembra solzinho na varanda,
que lembra almoço em família que lembra deliciosa farofinha,
que lembra Natal que lembra família reunida,
que lembra quintal que lembra pitanga.
Pitanga é fruta e colhida no pé trás com ela lembranças doce doce...
que lembra casa da vó que lembra histórias do vô,
que lembra festa no céu,
que lembra aquele sapo que tinha a boca "pequenininha",
que lembra a tartaruga que caia e quebrava o casco,
que lembra a raposa e o lobo que só se davam mal,
que lembra risadas e passeios na roça-própria,
que lembra pescar lambari que lembra cheiro de mato,
que lembra rede que lembra solzinho na varanda,
que lembra almoço em família que lembra deliciosa farofinha,
que lembra Natal que lembra família reunida,
que lembra quintal que lembra pitanga.
Pitanga é fruta e colhida no pé trás com ela lembranças doce doce...
As pessoas falam algo sobre mim que eu sou obrigada a concordar. Eu sou um bocado indecisa. Não consigo optar por nada no cardápio e frequentemente quando escolho algo me arrependo, entre tantas opções eu não acho justo ficar só com uma. Gosto de experimentar tudo, misturar duas frutas no suco, o que às vezes não dá nada certo e outras eu descubro receitas incríveis. Muitas vezes o meu pedido vem errado, porque eu enrolei tanto pra pedir, mudei o molho que já vinha na salada, troquei alguns ingredientes por outros e confundi a cabeça do garçom. A minha indecisão confesso que irrita, não só aos outros como a mim mesma. Faço de uma coisa que deveria ser simples, resposta sim ou não, um talvez.
Para burlar a minha indecisão eu vou aos mesmos lugares e já pensando no pedido antes mesmo de chegar, exemplo, hoje é x-salada e suco de laranja, pronto não tem erro. Pedido em tempo recorde! Uma outra coisa boa é deixar decidirem por você: -Pede um suco pra mim? -Qual suco? -Não sei decide aí vai, mas não pede suco de uva, nem de caju, nem de limão (limitando as opções)...mas eu adoro surpresas! Ahahaha já viu né? -Ah, mas porque você escolheu suco de acerola se você sabe que eu gosto de goiaba? -Po, então porque não pediu de goiaba? -Pra ver se você consegue prestar atenção em mim e saber meus gostos! -Mas se nem você sabe... -É nem eu sei, mas você deveria saber! -Tá de tpm? -Ah, não enche!
* Exemplo meramente ilustrativo, não correspondendo com a realidade, qualquer semelhança é mera coincidência.
* Ok, tpm.
segunda-feira, 24 de agosto de 2009
Vinte e quatro anos de praia:
Seis meses até engatinhar
Um ano até andar
Dois anos até falar
A infância inteira inventando histórias
Nove anos dançando balé clássico
Uma pá de anos brigando com o irmão
Bons anos paquerando o vizinho
A adolescência inteira arrumando confusão
Dois anos namorando o engenheiro
Quase um ano namorando o menino do interior
Dois anos e meio namorando o surfista, jogador de poker
Um ano namorando o professor de capoeira
Algum tempo tentando entender o pai
Algum tempo tentando entender a mãe
Algum tempo não entendendo nada
Até que percebeu que duro mesmo é se entender!
A vida inteira pra perdoar
A vida inteira pra aprender
A vida inteira batendo cabeça
A vida inteira tentando se conhecer
Seis anos fazendo faculdade
Alguns anos fazendo análise
Algum tempo viajando por aí
Algum tempo sumida dos amigos
Às vezes bebe cerveja
Raras vezes prefere chá verde
Umas vezes lê um bom livro
Hora ou outra prefere ir ao cinema
De vez em quando é vista por aí sorrindo...
De vez em quando é vista por aí sambando...
Mas o que ninguém vê é quando ela está triste
e toma banho no escuro, chora sozinha.
A vida dela é assim: intensa, infinita e linda...
Um ano até andar
Dois anos até falar
A infância inteira inventando histórias
Nove anos dançando balé clássico
Uma pá de anos brigando com o irmão
Bons anos paquerando o vizinho
A adolescência inteira arrumando confusão
Dois anos namorando o engenheiro
Quase um ano namorando o menino do interior
Dois anos e meio namorando o surfista, jogador de poker
Um ano namorando o professor de capoeira
Algum tempo tentando entender o pai
Algum tempo tentando entender a mãe
Algum tempo não entendendo nada
Até que percebeu que duro mesmo é se entender!
A vida inteira pra perdoar
A vida inteira pra aprender
A vida inteira batendo cabeça
A vida inteira tentando se conhecer
Seis anos fazendo faculdade
Alguns anos fazendo análise
Algum tempo viajando por aí
Algum tempo sumida dos amigos
Às vezes bebe cerveja
Raras vezes prefere chá verde
Umas vezes lê um bom livro
Hora ou outra prefere ir ao cinema
De vez em quando é vista por aí sorrindo...
De vez em quando é vista por aí sambando...
Mas o que ninguém vê é quando ela está triste
e toma banho no escuro, chora sozinha.
A vida dela é assim: intensa, infinita e linda...
sexta-feira, 21 de agosto de 2009
quarta-feira, 19 de agosto de 2009
Saudade tem cheiro, o cheiro dela, do bolo batido com carinho e gosto de massa crua que ela deixava a gente raspar com a colher de pau, cheiro de casca de laranja (que ela descascava todo dia pra mim assistindo novela).
Saudade do seu colinho minha vó preta, do sorriso banguela, do cafuné cata piolho, saudade de xingar a vilã da novela com você, de quando me mostrava o dedo mal educado e dava risada, que figura que ela era!
Quando foi embora ficou um vazio imenso que nunca foi preenchido, ela fazia parte da família, brigava com a gente o tempo todo, mas mimava um monte também!
Manuel Bandeira, com sua licença:
Sebastiana preta
Sebastiana boa
Sebastiana sempre de bom humor.
Imagino Sebastiana entrando no céu:
Licença, meu branco!
E São Pedro bonachão:
Entra, Sebastiana. Você não precisa pedir licença.
Saudade do seu colinho minha vó preta, do sorriso banguela, do cafuné cata piolho, saudade de xingar a vilã da novela com você, de quando me mostrava o dedo mal educado e dava risada, que figura que ela era!
Quando foi embora ficou um vazio imenso que nunca foi preenchido, ela fazia parte da família, brigava com a gente o tempo todo, mas mimava um monte também!
Manuel Bandeira, com sua licença:
Sebastiana preta
Sebastiana boa
Sebastiana sempre de bom humor.
Imagino Sebastiana entrando no céu:
Licença, meu branco!
E São Pedro bonachão:
Entra, Sebastiana. Você não precisa pedir licença.
domingo, 9 de agosto de 2009
quarta-feira, 22 de julho de 2009
Era uma vez...
Vontade de contar uma história importante, que tocasse o homem mais insensível que já existiu. Ele choraria feito criança, abraçando o joelho e soluçando. E brotariam sentimentos verdadeiros, ele teria vontade de ajudar as pessoas, de sorrir para elas, passaria a respeita-las e amá-las.
Teria vontade de tomar banho de chuva, de rolar na grama, de fazer bolinha de sabão, ele redescobriria o que jamais teve: sua infância. E nunca mais seria o mesmo.
Ele trocaria o terno cinza por bermuda florida e camiseta, o sapato apertado por chinelo de dedo. Passaria a desejar bom dia! para todos a sua volta e tudo por causa da minha história.
Vontade de contar uma história bonita, tão bonita que as mães contariam para seus filhos antes de dormir, e estes por sua vez, cresceriam e contariam para seus próprios filhos. E começaria assim: Era uma vez, um homem que não tinha sentimentos, até que um dia...
Vontade de contar uma história tão engraçada, capaz de parar o tempo, de fazer perder o fôlego de tanto rir. E um contaria para o outro e juntos eles ririam sem parar, e alguns curiosos se aproximariam para saber qual é a graça e se contagiariam com a alegria deles e ririam e contariam para outros que teriam dor de barriga, cãimbra na boca de tanto rir.
O mundo todo entraria em harmonia, só por causa da minha história.
segunda-feira, 6 de julho de 2009
Revivências
O colorido era tão vibrante, havia música!
Pude sentir o gás do refrigerante borbulhando no meu nariz.
O cheiro da pipoca quentinha, as gargalhadas ecoando pelo picadeiro...
Meus pés não tocavam o chão
e eu precisava das duas mãos para segurar o copo.
No meu sorriso havia uma janela
e meu olho brilhava ao ver o mágico tirar o coelho da cartola!
"Hoje tem alegria?
Tem sim senhor!"
(Lembranças resgatadas através de um monóculo!
Aquela caixinha escura, que a gente coloca contra a luz, sabe?
Incrível!)
Hoje, não sou mais aquela menina a espera da próxima atração.
Sou protagonista da minha história:
Às vezes na corda bamba,
outras fazendo malabares para viver
mas na maioria das vezes palhaça de mim mesma.
Então, bom espetáculo.
Pude sentir o gás do refrigerante borbulhando no meu nariz.
O cheiro da pipoca quentinha, as gargalhadas ecoando pelo picadeiro...
Meus pés não tocavam o chão
e eu precisava das duas mãos para segurar o copo.
No meu sorriso havia uma janela
e meu olho brilhava ao ver o mágico tirar o coelho da cartola!
"Hoje tem alegria?
Tem sim senhor!"
(Lembranças resgatadas através de um monóculo!
Aquela caixinha escura, que a gente coloca contra a luz, sabe?
Incrível!)
Hoje, não sou mais aquela menina a espera da próxima atração.
Sou protagonista da minha história:
Às vezes na corda bamba,
outras fazendo malabares para viver
mas na maioria das vezes palhaça de mim mesma.
Então, bom espetáculo.
segunda-feira, 15 de junho de 2009
Distraída
O nascer do Sol mais lindo que eu não pude ver
A fruta mais saborosa que eu deixei de provar
O cheiro de brisa que passou sem eu sentir
O abraço apertado que eu não aproveitei
A risada escrachada que eu evitei
Os teus olhares eu não correspondi
Os conselhos de mãe que ignorei
As amizades verdadeiras que perdi
Os momentos que não vivi
Por pura distração...
quinta-feira, 4 de junho de 2009
Travessia
Deixando o passado passar
O presente presentear
Esperando o futuro no escuro
Devolvendo os peixinhos pro mar
Os passarinhos pro ar
Tudo está do jeito que deveria
Estou onde desejo estar
Com quem me faz bem amar
Feliz durante o percurso
Aos que vem comigo
Deixo um versinho amigo
Em forma de abraço apertado
Aqueles que ficaram pra trás
Até qualquer dia
E feliz travessia!
terça-feira, 2 de junho de 2009
Friorenta
Hoje eu quero meias quentinhas, cobertas e mais cobertas, cházinho antes de dormir.
Quem nunca dormiu de uniforme pra acordar pronto pra escola?
Eu to pensando em dormir pronta pra trabalhar amanhã cedo, posso dormir mais alguns minutinhos e não vou ter que passar pela terrível experiência de tirar uma roupa quentinha pra colocar uma geladinha.
Será que pega mal chegar meio amassada?
Nem banho eu gosto de tomar no frio, pronto confessei!
Banho só quente, pelando e bem rapidinho. Famoso banho de gato.
Ah o verão!
Roupas leves, chinelão, bronzeado...mas o que seria da sopa, do chá quentinho, dos casaquinhos fofinhos, moleton, chocolate quente, fondue, lareira, abraços, namorado esquentando pé gelado, filminho embaixo das cobertas, pensando bem o inverno não é de todo mal.
Bom, mas se amanhã você me vir meio amassada por aí já sabe.
É o frio que faz isso com as pessoas!
sexta-feira, 29 de maio de 2009
João e Maria
Sentada na calçada / De vestido branco
e flor no cabelo /A menina faz birra
Quer brincar com os meninos / Mas eles impiedosos
não deixam: - Futebol não é jogo pra menina!
Ela faz manha / Faz bico, faz charme
e pede com jeitinho: - Ah por favor!
João se rende / Não aguenta vê-la chorar
desfalca o time e vai brincar com ela
Maria aprende / logo cedo
o poder da persuasão feminina
quinta-feira, 28 de maio de 2009
Caixinha de surpresas
quarta-feira, 20 de maio de 2009
Quem não tem cicatriz não tem história.
Caí de uma árvore na casa da minha avó,
me rendeu alguns pontos no queixo.
-"Antes de casar sara."
Essa eu fiz andando de patins na sala de casa,
abri o joelho na quina da mesa e ainda levei bronca.
-"Antes de casar sara."
Queimei a perna no escapamento da moto do meu tio,
doeu a vera.
-"Antes de casar sara."
Cocei tanto a testa quando tive catapora,
que ficou assim.
-"Antes de casar sara."
Perdi um amor, dois, ou três...
-"Já sei, antes de casar sara..."
Tenho orgulho das minhas cicatrizes.
Quero saber das tuas.
Caí de uma árvore na casa da minha avó,
me rendeu alguns pontos no queixo.
-"Antes de casar sara."
Essa eu fiz andando de patins na sala de casa,
abri o joelho na quina da mesa e ainda levei bronca.
-"Antes de casar sara."
Queimei a perna no escapamento da moto do meu tio,
doeu a vera.
-"Antes de casar sara."
Cocei tanto a testa quando tive catapora,
que ficou assim.
-"Antes de casar sara."
Perdi um amor, dois, ou três...
-"Já sei, antes de casar sara..."
Tenho orgulho das minhas cicatrizes.
Quero saber das tuas.
segunda-feira, 11 de maio de 2009
Planejamento...
1. viajar o mundo todo.
2. casar. (em um balão)
3. publicar um livro.
4. ter minha casa, filhos, cachorros e uma horta.
5. viver um dia de cada vez, feliz da vida.
E se nada der certo?
Eu viajo a europa, africa, oceania e américa do sul e deixo a do norte, ásia e a antártida pra lá...
Eu caso em uma igrejinha no interior.
Eu escrevo o livro mas não publico.
Eu moro de aluguel, tenho meus bacuris, um vira-lata e um pé de alface.
E vivo feliz para sempre...
Simples assim!
1. viajar o mundo todo.
2. casar. (em um balão)
3. publicar um livro.
4. ter minha casa, filhos, cachorros e uma horta.
5. viver um dia de cada vez, feliz da vida.
E se nada der certo?
Eu viajo a europa, africa, oceania e américa do sul e deixo a do norte, ásia e a antártida pra lá...
Eu caso em uma igrejinha no interior.
Eu escrevo o livro mas não publico.
Eu moro de aluguel, tenho meus bacuris, um vira-lata e um pé de alface.
E vivo feliz para sempre...
Simples assim!
quarta-feira, 6 de maio de 2009
Eu acredito em borboletas
Sem nenhuma graça,
a gorda lagarta,
passa o dia rastejando com dificuldade,
comendo folhas...
- Que tédio, pensa ela.
Não faz idéia
que o seu destino é voar por aí,
leve,
solta e colorida.
Mas eu acredito em borboletas.
(você me ensinou a acreditar)
Transformar-se,
deixar para trás velhos hábitos,
refletir dentro de um casulo por algum tempo
para que o ciclo da vida se cumpra.
É preciso esforço para rasgar o casulo.
E voar livre por aí...
Mas, uma vez borboleta,
não mais lagarta.
sexta-feira, 1 de maio de 2009
Lar baiano
Ah, se eu não tivesse essa pressa paulistana.
Eu teria uma rede, ouviria mais Caymmi.
Eu comeria mais peixe, salada, frutas. Largaria o fast-food.
Tomaria mais água de coco, à beira mar.
Ah se eu não perdesse quatro horas do meu dia no trânsito, ganharia tempo para caminhar, pegar um cinema, tomar um sorvete com meu broto.
Juntava os amigos, jogava uma capoeira.
Ah se eu fosse baiana.
Trocaria o som dos carros na avenida pelo barulhinho do mar.
Eu teria uma varanda, filhos e alguns cachorros.
Minha casa seria florida, cheirando flor de maracujá. A porta viveria aberta.
Meu céu teria infinitas estrelas, algumas cadentes.
E eu não teria mais nada para pedir.
segunda-feira, 13 de abril de 2009
Arritmia
quinta-feira, 9 de abril de 2009
Não almoçar direito era sinônimo de ficar sem sobremesa, havia de se fazer o sacrifício do arroz feijão para se lambuzar de chocolate depois. Assim foi sempre, mas em um dia de Páscoa, acordamos cedo para procurar os ovos que o senhor coelho escondera como de costume no quintal. Já sabiamos que atrás de alguma árvore provavelmente ele estaria reluzindo colorido.
Com a notícia de que nós só poderiamos degustar nosso delicioso ovo após o almoço, voltamos a brincar...
O Gabriel, meu irmão, com seus dois anos, dalí a algum tempo sumiu. Nossa mãe foi a primeira a botar reparo, procurou pela casa toda. Como é possível, será que ele saiu pelo portão e ninguém viu? Olhamos em baixo de todas as mesas, em todos os cantos e nada dele aparecer, quando minha avó resolveu abrir um armário do quarto dela.
Ali estava ele, dormindo tranquilo por cima de cobertores macios, todo lambuzado de chocolate!
E quem foi que disse que ele almoçou depois?
É, os adultos tem sempre razão.
segunda-feira, 23 de março de 2009
...
Quero beijos de borboleta
Cócega nos pés
Arrepio na nuca
Quero guerra (de travesseiro)
Seu moleton
Alguma estória inventada
e por hoje basta.
Cócega nos pés
Arrepio na nuca
Quero guerra (de travesseiro)
Seu moleton
Alguma estória inventada
e por hoje basta.
sábado, 14 de março de 2009
Sabores
Houve um tempo sabor pitanga
Eram dias de subir em árvore
Ralar joelho, tomar banho de chuva
Houve um tempo sabor carambola
Bola de meia, cinco-marias
Colar de miçanga
Outro tempo sabor garapa
Abacaxi, limão
Pastel de feira
Hoje eu to meio jabuticaba
Mas um dia acaba
E começa outro tempo...sabor de que?
Eram dias de subir em árvore
Ralar joelho, tomar banho de chuva
Houve um tempo sabor carambola
Bola de meia, cinco-marias
Colar de miçanga
Outro tempo sabor garapa
Abacaxi, limão
Pastel de feira
Hoje eu to meio jabuticaba
Mas um dia acaba
E começa outro tempo...sabor de que?
segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009
quinta-feira, 22 de janeiro de 2009
Busca
Olhe pra você e creia
No seu passo firme
Na sua busca intensa
No sorriso largo
Olhe para o lado e veja
Já não anda mais sozinha, menina!
Seu caminho é de flores
amarelas e apontam para o Sol
Mas não se esqueça nunca:
Do perfume
Dos espinhos e das larvas...
Ah! Essa vida é mesmo efêmera como os Girassóis.
Daniela de Almeida Prado - 30/05/07
Olhe pra você e creia
No seu passo firme
Na sua busca intensa
No sorriso largo
Olhe para o lado e veja
Já não anda mais sozinha, menina!
Seu caminho é de flores
amarelas e apontam para o Sol
Mas não se esqueça nunca:
Do perfume
Dos espinhos e das larvas...
Ah! Essa vida é mesmo efêmera como os Girassóis.
Daniela de Almeida Prado - 30/05/07
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