sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Chove dentro de mim
Lá fora, aqui dentro
Tudo se inunda de esperança
Que o Sol vem trazer bom tempo

Crianças e adultos
Brancos e negros
Ricos e pobres
A natureza não tem preconceitos

Chove dentro de todos nós
O Sol seca as ruas e as casas
Mas os nossos corações para sempre
Inundados com a tristeza das perdas.

sexta-feira, 14 de novembro de 2008

Aqueles dias...

Tem dia que a gente acorda querendo dormir, pula da cama pra não se atrasar, escova os dentes, engole um café, sai voando pro metrô, sem prestar atenção em nada, tropeçando em tudo, perde o ônibus, chega atrasada e é chamada de irresponsável.
Mas você sabia que 70% dos atrasos do metrô ocorrem porque as pessoas seguram as portas? E quem não vai desembarcar na próxima estação deve sair da frente da porta, porque quem fica na porta, atrasa a vida dos outros?
Pois é!!

quinta-feira, 30 de outubro de 2008

"Quem brincava de princesa acostumou na fantasia..."


Queria ser tudo que um dia pensei ser mas não pude, ou porque mudaram a direção dos ventos, ou porque ajustei as velas pra outro rumo.
Eu que nunca voei de balão, nunca morei em um trailer e acordei cada dia em uma cidade diferente, nunca fiz nado sincronizado, nem andei de camelo.
Ainda não voei de asa delta, não conheço o fundo do mar e não fiz minha tatuagem.
Ah e nem pensar em ser astronauta, isso não dá futuro minha filha!!
Mas já comi fruta no pé, já fui bailarina, nadei em alto mar, pulei de 20 metros na cachoeira, pesquei lambari, tentei surfar, viajei sozinha, andei a cavalo, acampei numa praia deserta, dei risada até doer a barriga, contei estrelas cadentes, conheci pessoas incríveis e aprendi muito com elas, visitei lugares maravilhosos que nunca vou esquecer, já amei demais e achei que morreria, já voltei a amar e ainda não morri, já joguei capoeira, já gritei até perder a voz, já sambei até amanhecer e quando o carnaval chegar...
Vou brincar de colombina, vai ter muita serpentina, pra pular o carnaval...

segunda-feira, 22 de setembro de 2008

Instinto ou extinto

Existe um furacão que faz de mim sua morada.
Por algum tempo consegui conviver com ele sem causar destruições, achava que estava sempre no controle e usava essa força a meu favor.
Agora me encontro em uma bifurcação e preciso decidir por onde seguir.
Ou afogo, anulo, abafo esse serzinho da natureza que insiste em morar dentro de mim, ou deixo ele tomar conta...agindo por impulso, instintivamente.
Tem hora que eu quero extinguir com esse bichinho da tazmania que só causa dores, frustrações, mas às vezes, não poucas, ele se enche de força, vira minha vida de ponta cabeça, muda tudo de lugar, tira meu ar...
E o mais engraçado é que eu gosto disso!
Quando tudo é calmaria la vem ele pra bagunçar o coreto!
"Eu faço fogueira, choro, canto e danço!"
Jogo balde de água fria pra mostrar quem é que manda, arrumo tudo de novo, coloco tudo em seu devido lugar...e mais uma vez ele me desestrutura dizendo assim: "- Se joga, vai! - Relaxa, eu tenho um plano..."

domingo, 7 de setembro de 2008




Deu vontade de colorir...

segunda-feira, 1 de setembro de 2008

Olhar tagarela

Desvio o olhar
pra esconder o que ele diz,
antes mesmo de querer dizer.
- Quieto, exijo!

Involuntários meus olhos te falam
o que eu mesma não posso.
De raiva, mordo o lábio,
suo frio, respiro fundo...

E em palavras a boca mente
O que o olho tenta
e não diz - porque não quero!
Teimoso meu olhar me entrega...

domingo, 31 de agosto de 2008

Medinhos

Houve um tempo que o meu maior medo era tomar injeção.
Que tudo que era dor se curava com mertholate e que qualquer tombo era motivo pra colo e beijinhos.Esse tempo passou.
Hoje quando caio tenho que me levantar sozinha.
A vida bate doído, e mertholate não adianta mais...
Ninguém mais prova a minha lágrima pra ver se é doce ou salgada.
Pra saber se o que eu tenho é charme ou se ta doendo de verdade!
Tenho aprendido muito com a vida, a mentir, a fingir, a bajular, a fazer coisas terríveis que os adultos fazem, que eu não queria ter que aprender!
Ingênua eu não sou mais, ou pelo menos bem menos do que antes, mas reluto para não perder o que mais admiro nas crianças, eduquei meu olhar para enxergar além...de aparências, de superfícies, mas já ganhei uma certa malícia dos adultos.
Meu maior medo hoje é de perder o que as crianças têm de mais precioso.
O olhar sem preconceitos, livre de qualquer medo, livre de máscaras e tão sincero, sem mentiras, fingimentos ou bajulações...
Contraditória que sou, sigo fingindo que assim como as crianças não tenho medo!

Sobra tanta falta...



Tem dias que a saudade aperta, e eu queria um monte de criança correndo pela casa. O cheirinho de bolo da vó saindo do forno, meu avô assobiando enquanto compra um coringa ou cantarolando quando faz uma canastra real. O som do relógio antigo batendo, as piadas contadas e recontadas, o camafeu com a tia madrinha, o passeio no jipe que anda sozinho, cinema a 2 reais, subir na árvore pra colher pitanga, andar de bicicleta, tomar banho de chuva, fazer palavra cruzada no colinho da vovó, ouvir a fita cacete da Elis que o padrinho gravou, passear com as primas na avenida, ir pra chácara buscar frutas e verduras da roça própria!Pescar lambari, pegar casquinha de cigarra e fazer de broche, pular na cama, rir até doer a barriga..."- Não quero ouvir mais nem um piu! Piu, piu, piu, piu, piu..."Pão caseiro quentinho da Vermêia, sorvete de goiaba da Cristal...Cochilo interrompido por um: Dani vem brincar com a gente???Saudades do colinho deles...