Saudade tem cheiro, o cheiro dela, do bolo batido com carinho e gosto de massa crua que ela deixava a gente raspar com a colher de pau, cheiro de casca de laranja (que ela descascava todo dia pra mim assistindo novela).
Saudade do seu colinho minha vó preta, do sorriso banguela, do cafuné cata piolho, saudade de xingar a vilã da novela com você, de quando me mostrava o dedo mal educado e dava risada, que figura que ela era!
Quando foi embora ficou um vazio imenso que nunca foi preenchido, ela fazia parte da família, brigava com a gente o tempo todo, mas mimava um monte também!
Manuel Bandeira, com sua licença:
Sebastiana preta
Sebastiana boa
Sebastiana sempre de bom humor.
Imagino Sebastiana entrando no céu:
Licença, meu branco!
E São Pedro bonachão:
Entra, Sebastiana. Você não precisa pedir licença.
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2 comentários:
Que bonito neguinha, queria ter conhecido essa Sebastiana!
Mas eu conheci a Inácia!!!
Danielita querida!!!
Chorei de emoção ao me lembrar dela. Tão querida, tão especial!! Que sorte a nossa por termos convivido com ela. Sebastiana era puro amor.
Você consegue fazer poesia com saudade, lindo, lindo!!
Beijo da Mima
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