quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Sou de uma terra onde os pássaros voam livres
Os cavalos cavalgam soltos
Uma terra sem gaiolas nem rédeas
Lá onde os penhascos abrigam pedras-carta
Os ventos assobiam dúvidas e sopram desencontros
A água corre limpa e pode-se beber da fonte
Os galos demoram a cantar pro dia nascer preguiçoso...
As plantas são feitas de raízes fundas
De uma terra onde os amores nascem embaixo de temporal
Mas é ao cair da tarde que os desejos brotam
Os lobos uivam e as libélulas se agitam
Há que se ter cuidado com a noite
À noite os medos crescem
E tudo que era certeza vira possibilidade...
No escuro, moça pura vira bicho

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