segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

É tempo de agradecer. 
Felicidade é mesmo isso, essa vontade de eternidade.
A certeza que as coisas até poderiam ser melhores e serão, mas que o universo sempre conspira a nosso favor.
Que as coisas estão como deveriam estar.
O susto de se descobrir grávida do melhor pai que a sua filha poderia ter.
Admirar o seu amor, descobrir nele defeitos incorrigíveis e não querer corrigí-los, deixá-lo ser.
Rir daqueles que precisam ir para Holambra comprar flores, se você pode tê-las no seu quintal.
É tempo de troca e crescimento.
Descobrir que felicidade é mesmo isso, dormir ao seu lado, desbravar o mundo ou o nosso novo bairro, enfeitar a casa, receber da vizinha uma tapioca quentinha pela manhã, chutinho da Alice, casa cheia de amigos, nossa família em harmonia, um girassol na janela, recadinho na lousa, beijo na barriga, música no piano...
Dias felizes ao seu lado, obrigada.

terça-feira, 23 de outubro de 2012

E o mundo já não pode acabar.
Não sem antes eu te conhecer.
Ouvir seu choro.
Te pegar no colo.
Sentir seu cheiro.
Contar suas dobrinhas.
Vibrar com seus primeiros passos.
Suas primeiras palavras.
Seu primeiro dentinho.
Te acolher no primeiro tombo
e nos próximos...
Hoje eu pude ver seu coraçãozinho pulsando.
Mamãe te ama, filhote.

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Um girassol na minha porta e um bilhete: Namora comigo, bonita?
Dele, que é dono do abraço mais gostoso do mundo, das sardinhas mais lindas, dos olhos puxados e cabelo enroladinho.
Tem a fala mansa, o olhar inquieto, as mãos quentinhas.
Ele que me estimula a crescer, que eu vi amadurecer.
Perto dele, busco eternidade.
Namoro. Namoro, porque a gente se encaixa antes de dormir e conversa até chegar o sono.
Os nossos laços se fortalecem a cada conversa, colo, bronca, risada...
Amo você, por ser esse cara sensível, charmoso, responsável e moleque.
E amo pelo mistério.
Nos escolhemos pelo cheiro, pela pele, pela voz, por um universo de afinidades e desejos em comum.
Nos escolhemos pelo susto do inesperado encontro.
Obrigada pela parceria, pelas dancinhas esquisitas, viagens, descobertas... e obrigada pela bagunça que você deixa todo dia no meu, já nosso, quarto.

terça-feira, 11 de outubro de 2011

Ele...

Ele acorda de bom humor ao meu lado.
Usa bermuda quando vai à praia.
Tem algumas cicatrizes.
Gosta de velhinhos e crianças.
É querido por minha família e amigos.
O silêncio nunca é problema quando o assunto acaba.
Temos várias afinidades e inventamos outras tantas.
A vontade de ficar perto só aumenta.
Se irrita no trânsito mas é muito educado.
Tem paciência para esperar meus banhos demorados e meus atrasos.
Sabe me fazer rir e gosta das minhas poesias.
É a melhor companhia de viagem.
Sabe contornar o tédio, reinventar saídas e rir de si mesmo.
Fico a vontade ao seu lado para ser leve e espontânea.
Ele também gosta de um sambinha e bebe cerveja.
Vamos a shows e dançamos juntos.
Viu os filmes que eu mais gosto, conversa sobre todos os assuntos e adora viajar.
Joga capoeira comigo.
Coleciona amigos de infância e faz novos por onde passa.
Dirige bem e faz uma ótima baliza.
Vamos juntos ao Morumbi torcer pelo São Paulo.
Gosta muito de batata, coca-cola e kitkat.
Toca violão, escaleta, bateria...
Surfa, anda de skate e fotografa.
Mas perde pra mim no pebolim e na sinuca!
Tem trimiliques antes de dormir, iguais aos meus.
Quais são suas manias, defeitos, chatices?
Não sei, ainda preciso descobrir.

sábado, 21 de maio de 2011

Estou fraca dos sentidos.
É preciso ser forte pra conviver com meus abismos.
Abismos que nascem de desencontros.
Por tantas vezes menti para mim, que dava conta de não ser amada.
Não dou, viu menino, não dou.
Preciso de amor pra suportar. Preciso rir pra achar graça.
Procuro na vida o que ela tem de óbvio, de essencial e de sereno.
Porque sem a serenidade não se pode viver.
Intensidade é pra quem vive mergulhado num mundo que é tão próprio, tão menos burocrático quanto mais atrativo.
As pessoas olham o fosso de cima, querem mergulhar mas são incapazes de ir tão fundo.
Eu não evito minhas profundezas, preciso de alguém que me salve.
Das minhas incoerências, do susto, do amor.
O amor brota das raízes, de dentro do ninho, do oco do mundo.
Não é fácil conviver comigo. Às vezes tenho necessidade de superfícies.

terça-feira, 19 de abril de 2011

Tudo bem

O que foi semente
Hoje, pode-se provar da fruta
Tudo a seu tempo.
O tempo da pausa, o respiro, o fôlego

Meus pés na corda bamba,
Eu que areia movediça...
Eu que me despedaço...
E desespero...

Te quero sereno,
O sossego do outono...
O balanço na rede...
O passeio no parque...

Descabelada,
peço ao cílio:
E o melhor pra nós dois,
Acontece.

segunda-feira, 4 de abril de 2011

Imitação do que sou

Cada vez que finjo ser, acabo sendo. Um pouco mais disso - menos daquilo. Outra que surge dentro do tempo, esquecido no fingimento. Finjo que danço, saio dançando... Finjo que sou acabo sendo. Nuances de mim - reflexos de ti. Vontade de ser. Eu que já sou. E fui, tantas! Só sei ser, sendo...