sexta-feira, 26 de fevereiro de 2010

Estou num misto de felicidade extrema e a mais pura e legítima tristeza.
Estou eufórica e a cada momento descubro um sentimento novo.
Hora ou outra, tenho vontade de me encolher toda, covarde.
Mas vou me atirar rumo ao desconhecido, eu esperei o momento exato de desabrochar.
Caralho! (nada tem mais intensidade)
Intensa, é assim que eu me sinto.
A minha partida no instante agora. Embarco nessa aventura chamada vida de peito aberto, rumo ao incrível. Escolho trajetos impensados, paisagens desconhecidas, vou adorando o absurdo.
Sei bem que chegou a hora de partir e que despedidas são sempre tristes e egoístas.
Aprendi a voar e me deram asas! Agora tenho que ir para longe de tudo que um dia aprendi a amar.
Escrevo entre gargalhadas histéricas e choro contido. Um mundo novo me espera, cores, cheiros e sabores, entre texturas e sentimentos vou descobrir quem sou eu e a que mundo pertenço.
Levo comigo sorrisos e choros, abraços e a certeza de que um pedaço de mim fica.
Quando a saudade apertar e a dor ficar insuportável, preparem os abraços. Eu volto.

quinta-feira, 11 de fevereiro de 2010

Queria falar de coisas miudas com importância de pedrinha caída.
Falar a língua das minhocas, que entendem como ninguém da úmida terra, são a própria terra minhonificada.
O lambari pula assustado na mão do menino e o tatu bola se enrola quando a gente toca.
Couve-flor coitada, se disfarça de flor porque também quer ser beijada.
E o beija-flor sarcástico, insiste em beijar aquelas flores de plástico.
Soube outro dia que o camaleão muda de cor para inventar moda. Achei bonito.
O urubu é um passarinho simpático aos olhos de uma menina que enxerga além.
Todos os dias brotam dúvidas: E os seres invisíveis, como se sentem?